Arteterapia


Você é Arte, é Vida, é Cor em Movimento!

A Arteterapia é um processo terapêutico que colabora para o desenvolvimento  de questões subjetivas, como emoções, sentimentos, inteligência emocional, através de atividades lúdicas e criativas feitas com os mais diversos tipos de materiais expressivos como desenho, pintura, modelagem, contos, mitos, dança, música, etc. Essas atividades compõe  um canal expressivo único e individual (personalizado) para que cada ser expresse de forma livre sua subjetividade, encontrando as próprias respostas e seu próprio poder de cura. Quem melhor para dizer de si, do que si mesmo.
Em Wellness Coaching essas atividades configuram um canal dinâmico que visa proporcionar uma maior abertura para os conteúdos a serem explorados, facilitando a integração mente e corpo, razão e emoção, sensação e sentimento.

Leveza e fluidez são palavras chave para alcançar o verdadeiro equilíbrio para uma vida mais harmoniosa. Nesse sentido, o auxílio da criatividade e do processo lúdico estimulam soluções mais práticas para a renovação da felicidade e do bem estar físico e mental.


Por isso gosto de Quimono...








Quando me perguntam sobre meus caminhos, recentemente venho descobrindo que na verdade foram, e são, muitos: o caminho da vida, da carreira, da família, das relações amorosas, e também, da arte. 

Durante minha formação com Arteterapêuta, havia a proposta de formatarmos um Diário de Bordo (atividade qual recomendo para todo aquele que inicia uma nova jornada na vida), e lembrei das expressões dos dois amados professores Guilherme e Samuel: 

“Eu tinha tudo planejado...”. Adivinhe. Nada aconteceu como deveria.

Em minha mente, havia o esboço quase certo das representações teóricas, metodológicas e artísticas que demonstrariam o quando prestei atenção e aprendi com tantas ricas experiências. Decidi começar essa representação simbólica por Dionísio, Deus mitológico grego, representante da Humanidade, do entusiasmo e da transformação; seu nome é comumente ligado à arte, ao teatro, as festas dionisíacas onde a alegria e o êxtase eram comemorados.

Então, para minha arte e folia, faria para Dionísio uma máscara. Para o Drama, o teatro. Para a música, um chocalho. Para a Dança, uma mandala.
Qual não foi a surpresa. Meu Dionísio, meu Drama, minha Música e minha Dança encontraram um denominador comum e estranho. Belo e triste, forte e fraco. Minha histeria não podia ser diferente. Dionísio então e somente se apresenta, quando, em oposto a ordem comum, não me falta sequer paciência.

Pasmem amigos. Meu Dionísio Dança, Toca, Dramatiza. Meu Dionísio é uma Gueixa!

E veja lá a estranheza do fato. Se existe alguma etnia que passou longe de minha mistura genética é a oriental. Quisera ao menos a herança da disciplina. Tal qual. Nada disso entrou no caldeirão.

Mas voltando a estranheza. Passado o susto e para meu espanto, tudo passou a fazer sentido.

Vejam só o que é uma Gueixa. Uma figura mítica, arquetípica, representação dos desejos, da beleza, da personagem que contém um mistério, da pureza a ser ofertada, da mágica do manter-se impecável e serena debaixo de tantas e tantas roupas que as vestem e enfeitam.

As Gueixas mantêm a pose, a cena, a face, o espetáculo sempre presente enquanto estão Gueixas. E fora delas, são dores, tristezas, solidão e quietude. Não há mistério nem beleza. Há somente a vida comum, dura, incerta e voraz.

As Gueixas lutam contra o tempo que corrói a beleza, a incerteza, o presente. Seu passado sofrido é escondido na pintura do rosto que sorri colorido. Seu futuro incerto também encontra um espelho distante e fosco, que indaga constante os ‘serás’ que a vida contém.

Um Dionísio Gueixa é uma benção e uma maldição. Ele embala meus sonhos, apresenta uma personagem segura, vibrante e alegremente bem humorada. O mesmo Dionísio Gueixa, que se olha no espelho e teme a vida, chora as mágoas e morre ao final de cada apresentação.

Dionísio Gueixa é meu drama corrente nas relações de mundo, interpretando a firmeza e a certeza que transmito, represento. É minha Música, suave, melancólica, triste e solitária, e assim mesmo, é esta melodia que me completa melhor. É minha Dança, constante e inquieta, do sim, do não, do talvez e do quem sabe.

Meu Dionísio Gueixa, Sawabona. Shikoba.

Carolina Santos. 18-09-11

Referências:
Ler sobre Dionísio em: BRANDÃO, Junito de Souza, Mitologia Grega, Volume II, Editora: Vozes. Petrópolis/ RJ – 1987.
Expressões: SAWABONA é um cumprimento usado no Sul da África e quer dizer " Eu te respeito, te valorizo; você é importante para mim". Em resposta, as pessoas dizem SHIKOBA, que significa: "Então eu existo para você".
www.somostodosum.com.br em 26.08.2012